sexta-feira, 19 de junho de 2020

Roma 2004 (Fresh Out - Kingfish, Buddy Guy)

Por trás da foto

2004 foi minha primeira viagem para a Europa junto com meu grande amigo Vitor César. Foram 30 dias rodando de trem sem saber contar até 10 em inglês. Fomos confiante que meu irmão, morando 6 meses em Londres, iria nos guiar. Ele nos abandonou no sexto dia, pense na roubada.

E lá vai eu e o Vitor num tour alucinado de 5 dias em cada capital de diversos países, sem nenhum hostel reservado. O padrão era descer do trem, procurar uma cabine do Last Minute e pronunciar "we need 2 beds, please". Mapa de papel, caminhada de quilômetros para economizar alguns trocados e pronto, estávamos hospedados.

Esses sorrisos na foto no alto do Vaticano esconde uma subida de escada de 400 degraus. Era preciso? Não. Porque subimos? Porque ir de elevador até o topo era algo como 9 Euros e de escada 2 Euros. "Mermão, isso são 2 cervejas, vamos de escada".

Não bastava os 400 lances de escada, virava e mexia ficávamos alguns minutos atrás de algum pagador de promessa que subia de joelhos, de costas, carregando uma cruz. Chegamos moídos de cansados. Não só das escadas, cansados do calor, dos dias mal dormidos nos péssimos hostels, das ressacas.

Para completar, uma garrafa de água lá em cima custava quanto? 4 Euros. "Não pago, isso é mais caro que a cerveja!" reclamou Vitor. Tínhamos que tomar aquela cervejinha contada no final do dia.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

New York Jazz City (The KKK Took My Baby Away - The Ramones)

Por Trás da Foto

Suzana me surpreendeu com passagens para NY City em 2015. Promoção Melhores Destinos quando ainda tínhamos promoções e um mundo COVID Free.

No dia da foto eu e Suzana passamos o dia num free tour pelo Harlem. Diversão total passear com uma guia branca no bairro 100% preto vendo o orgulho que eles tem dos seus e de suas histórias. A guia inclusive indicou uma casa de show secreta de forma discreta porque os frequentadores não curtem turistas, não decorei o nome.

No final, cansados de caminhar pelas largas ruas do bairro, pegamos o metrô de volta ao Brooklyn. No caminho da nossa casa Airbnb, passamos por um bar chamado Biergarten. De lá vinha um jazz/blues/soul de lascar, timbres e qualidade de CD. Nos olhamos, cansados e suados, cheios de sacolas GAP e não titubiamos, entramos.

Esse talvez tenha sido o dia mais marcante dessa viagem de 10 dias. O som, a banda, o bar, o clima, a alegria, as 200 cervejas disponíveis era tudo que eu queria de NY. Foi exatamente como sonhei. Torci para alguma Tartaruga Ninja adentrar o  recinto, mas não rolou. Mesmo assim foi  topzeira, véi!