quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Chapada dos Veadeiros (Young and Dumb - The Bird and The Bee)

Segunda-feira de férias não podia começar melhor, preguiça e céu azul dominando o ambiente. Arrumei minha mochila sem pressa, camisas e sunga devidamente separadas, Uber em direção ao Aeroporto... mas nada de avião dessa vez, paramos na Localiza para pegar nosso carro alugado: um Jeep Renegade.

Eixão, Sobradinho, Planaltina, Alto Paraíso, São Jorge. O destino era a famosa Baguá, pousada cheia de requinte e glamour no meio do cerradão. Sou calango!

Dia 1 - Parque Nacional da Chapada Veaderos.

Cariocas
Terça já acordamos com destino: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A 700 metros da Pousada-Botique, realizamos a caminhadinha de aquecimento para os próximos 11km de caminhada dentro do parque.

Uma pequena explicação na porta de entrada do parque, "não se machuque, não há resgate no parque, vai morrer, etc.." e adentramos ao cerrado seco e quente, infernal. Os caminhos agora estão bem demarcados, por isso os guias são dispensáveis.

Decidimos pelos Canions e Cariocas. O caminho é longo, mas nada de muito hard. E em boa cia a coisa toda fica melhor.

Após uma hora e meia de caminha chegamos nas Cariocas. A água completamenta cristalina é impressionante, assim como a temperatura fria da água. Mas depois do castigo imposto pelo sol do cerrado, fica fácil entrar na água. E completamente gratificante. Adeus estress.

Mais cinco minutinhos de caminhada e estávamos nadando nos Canions. De novo, a vista é realmente espetacular, xô estress, vem relax e vida zen para todos, Namastê. Era 18:32 quando aportamos no nosso ninho para um leve descanso antes de jantar no Campanela. Filé, arroz e fritas, tudo muito gostoso após 3.000 calorias gastas segundo nossos celulares modernoides.

Dia 2 - Fazenda São Bento

Dessa vez não tivemos como fugir do carro, a fazenda fica uns 30km de São Jorge. R$ 30,00 para conhecer 3 atrações: Almécegas I, II e Cachoeira São Bento

A primeira parada foi em Almécegas I. Água fria, deliciosa, convidativa. Molha pulso, molha nuca, respira, olha pros lados, respira, molha pulso, cria coragem, conta até 50, liga a GoPro, respira e tibum! Que beleza! Tanto o visu quanto a cachu.
Almécegas I

Mais 10 minutinhos de carro e caminhada até Almécegas II. A água menos fria, poço mais tranquilo de nadar, peixinhos, água transparente e sem querer ser repetitivo, que beleza! Ficamos um pouco mais curtindo o lugar antes de baixar para São Bento.

Confesso que o cansaço já estava tomando conta quando chegamos em São Bento. A cachoeira é muito bonita, água escura e poço gigante. Seria legal chegar perto da queda d´agua, mas fiquei com preguiça. Tirei uma fotinha de longe, observei por um tempo a beleza do lugar e fomos para casa relaxar na Jacuzzi private.

Dia 3 - Santa Bárbara

Desde o dia que decidimos ir para Chapada, coloquei na cabeça que precisava conhecer Santa Bárbara. As águas verdes completamente transparente remetendo as fotos de Bonito me encantaram, eu precisava conhecer. Acordamos cedo porque Santa Bárbara fica perto de Cavalcante, 130 km de São Jorge. E depois tem um punhado de km em estrada de terra. Uma paradinha para pagar os ingressos na comunidade Kalunga e siga o fluxo.

Mais alguns poucos km e paramos no estacionamento improvisado para uma caminhada de 20-30 minutos pelo cerrado descampado. O céu quase nublado colaborou, não chegamos esturricados no destino.

Santa Bárbara - pimeiro poço
E o primeiro poço da Santa Bárbara... o que é aquilo? Á agua verde transparente é de uma beleza inimaginável. É tão impressionante quanto sonhei. Devo ter ficado muito tempo parado observando, perdi a noção. A guia me tirou do torpor para irmos para o poço principal. Outra beleza indescritível. Fiquei muito tempo pensando na reação do primeiro explorado a ver aquilo, qual a sensação, o que passou na cabeça dele...

Um ponto negativo é a quantidade de pessoas visitando a cachoeira. Os Kalungas, donos da terra, estão usando bomba para retirada de areia por conta do assoreamento. É de doer na alma pensar que aquilo pode ser perder porque não cuidamos. Deveriam cobrar caro e limitar o número de visitantes, nem sei se deveria deixar nadar no local.

Último dia - da lama ao caos

Foram doloridos os últimos minutos na Baguá. Voltaríamos para realidade e ela é dura. Bastou cruzar o Eixão em direção ao Aeroporto para toda ansiedade, mau humor, pigarro e tiques nervosos voltarem com força. Buzinas, pais e mães com pressa de largar seus rebentos na escola, funcionários público atrasados para bater o ponto, "sai da frente arrombado", aaaaahhhhh. Como podemos viver assim?

Onde comer?

A Risoteria Santo Cerrado é a dica certeira da viagem. O risoto, as bruschettas, o vinho, o por do sol, a cerveja 0% alcool, tudo é bom naquele lugar. Vale a visita e cada centavo gasto no restaurante. Não perca a oportunidade.


quarta-feira, 31 de maio de 2017

Ouro Preto - Segundo dia (The Scientist - Willie Nelson)

O segundo dia já foi bem mais turístico. Igrejas, ladeiras, mais igrejas e... igrejas. Um arrependimento foi não pegar um dos guias locais. Vez ou outro eu pescava uma explicação para os grupos e senti que perdi muita informação legal. Culpa do enxame de guias me pertubando no centro, fiquei com birra e não contratei. Bom, na próxima eu contrato.

Fomos primeiro na Igreja Nossa Senhora do Pilar. Ouro, muito muito ouro. Impressionante o tamanho dos móveis na sacristia.

A Igreja de São Francisco de Assis possui o segundo teto mais bonito do mundo, perdendo só para Sistina. Eu estive na Sistina e sim, a de São Francisco só perde para Sistina. Não atoa tem uma horda de turistas a vagar por lá.

A Igreja Matriz de Santa Efigência, se minhas notações estiverem corretas, é a igreja do Pretos. Bons tempos que não tínhamos o politicamente incorreto para cada letra escrita. Pescando algumas palavras de um guia, foi possível achar no altar detalhes de religiões negras como conchas, Iemanjá e camarões. Sensacional!

Atraído pelo nome da minha avó, passamos pela Nossa Senhora das Mercês. Só passamos porque ela está fechada à 4 anos para reforma.

Após realizar Cross Fit por toda Ouro Preto, almoçamos no Restaurante do Ouvidor. Bons pratos executivos, cervejinha geladinha, tudo di bão.

Última passadinha na Feira Claudio Manoel, em frente a São Francisco para comprar cositas de pedra sabão. Pena que meu porta-malas era pequeno demais para comportar mais tralhas.

De noite fomos ao restaurante rock Escada Abaixo. Que lugar sensacional! Trilha sonora de primeira, comida de primeira, clima perfeito para a nossa última noite em Ouro Preto.

Lembra que eu falei lá no inicio sobre comparar com Diamantina. É com dor, muita dor, que digo que Ouro Preto é mais bacana que Diamantina. É uma cidade preparada para receber o turista, faze-lo ficar, se divertir e se apaixonar. Prefeito de Diamantina, não tenha vergonha de ir lá e copiar, minha cidade de coração merece.


Ouro Preto - Primeiro Dia (Who'll Stop The Rain - Creeedence ClearWater Revival)

Após passar por Curvelo e Diamantina visitando os parentes, foi a hora de conhecer a desconhecida Ouro Preto. O termo desconhecida soa estranho por dois motivos: eu já estive em Ouro Preto, mas era criança e não me lembro de nada e porque viver em Diamantina me fez acreditar que já conhecia pela semelhanças.

Vista Pousada Casa Grande
Chegamos por volta das 14:00 já morrendo de fome. Nos hospedamos na Pousada Casa Grande, muito bem localizada. Fomos muito bem recebidos por todos. Só um detalhe que você pode encontrar em todos os comentários sobre a pousada, os quartos virados para rua são um pouco barulhentos, mas totalmente superável.

Andamos pelo centro da cidade sem muito compromisso. Sem querer me pegava comparando com o centro de Diamantina. Para, pode parar! me cobrava o tempo todo. A parte negativa é ser abordado a cada 32 segundos por um guia ou alguém com o panfleto de um dos mil restaurantes da cidade. Eu acho inconveniente.

Resolvemos comer no buffet Conto de Réis, um excelente restaurante de comida mineira ao lado da pousada que estávamos. O restaurante foi construído onde no passado era uma senzala. De novo fomos muito bem recebidos por todos, o preço foi justo e a comida deliciosa.

Com barriga cheia e até com um pouco de sono, corremos para o Museu da Inconfidência Mineira. O museu é surpreendente, bem organizado e com bastante coisa para ver. O que mais me surpreendeu foi o túmulo do Tiradentes. Valeu o ingresso.
Museu do Inconfidência Mineira

Ao sair nos deparamos com um chuva fina e fria, o que tornou o final de tarde melhor ainda.

A noite fui com a Su para um Pub chamado Tenente Pimenta. Música ao vivo, visual bacana, cervejas para todos os gostos e petisco muito, muito bem servidos. Não perca a chance de conhecer, vale demais.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Rio de Janeiro (War Pigs - Black Sabbath)

Diário 021 - Dias Finais

Acumulei vários dias em um, a preguiça de escrever me pegou de jeito.

Barra
Nesses dias fui parar na Barra a Tijuca, barraca do Pepe. Achei que as coisas da Barra, a Miami brasileira, o mesmo preço de Ipanema, só que menor e pior. Mar bonito, gente bonita, mas... não é o Rio, vai.

Sexta passei no Leblon, Jardim Botânico e Colombo Confeitaria. Recomendo demais os 3 passeios. 

O Jardim Botânico é muito bonito e bem cuidado, a Confeitaria é para morrer de comer($$$$) e Leblon é uma praia bem sossegada, de artistas e famosos esperando os clicks do papparazo do Meia Hora. De noite paramos num boteco na Lapa, mas estávamos cansados demais, voltamos cedo para o aconchego do hotel.

Labirinto Botânico

Sábado conhecemos o Bukowski. Bar 100% rock, totalmente excelente para os amantes do bom som. 3 ambientes em um velho casarão em Botafogo me fizeram perder um pouco a linha e “estragar” o dia seguinte. 


De (muita) ressaca, partimos para Ipanema. Mas o mar parece ter frequentado o Bukowski também e estava numa ressaca brava, digna de quarta-feira de cinzas. Desistimos da praia e fomos encontrar um amigo no Boteco do Bacana, Leblon. De lá partimos para um esqueminha playba bacana em Ipanema mesmo, finalizando o Rio com samba. Justo, muito justo.




CBGB no Bukowski. Falei que era bom!

Uma palavra para definir o Rio? Desperdício! Uma cidade única, lotada de coisas para fazer vencida pela corrupção, a malandragem e a violência do tráfico. Tudo para ser o maior destino do mundo, mas nosso destino é sempre ser quase… que sina! 

sábado, 7 de janeiro de 2017

Rio de Janeiro (Openness - Henrik Freischlader Trio)

Diário 021 - dia 07

Tivemos a sorte de mais um dia ensolarado. E sol combina com... museu, claro.

Museu do Amanhã
Fomos para a famosa Praça Mauá onde fica o Museu do Amanhã. 20 temers para entrar, o que mostra ser muito barato pelo oferecido. É um museu sensacional, nível internacional. Foram 5 horas andando no museu, apertando o que era interativo, tudo para alertar o ilustre visitante que não haverá amanhã se não mudarmos nossa forma de viver hoje. 

Uma pena que o museu seja frequentado por gente tão mal educada. De furar filas a empurrões sem sentido, sofremos de tudo. Achei também que um museu tão preocupado com o amanhã merecia mais árvores que cimento em sua volta, um pecado.

AquaRio

Depois fomos caminhando pelo Porto Maravilha até o AquaRio. No caminho grafites fantásticos do #Kobra. Não conhecia, mas o Kobra é cobra(desculpa, não resisti).

AquaRio é caro, 80 temers, mas vale o passeio. São peixes, crustáceos, cavalos marinhos e até tubarões vistos bem de perto. De novo uma atração bacaneira para um público sem educação demais. 


Kobra é cobra no grafite
Terminamos a noite com... uma cervejinha perto de casa, de boa. Eu escrevi "de casa"? Cacete, estou virando carioca mermo! Comédia! 

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Rio de Janeiro (Hard To Thrill - J.J. Cale and Eric Clapton)

Diário 021 - dia 06

Em Brasília a esposa insistia na parada de cair na tal praia da Macumba e Prainha. Vi na rede mundial de computadores que o bagulho era longe pra cacete, 4 horas de trem, metrô, ônibus, skate, jegue, lhama, o car$%&.

Prainha
Minha esperança dela esquecer do passeio foi embora às 9:03 quando ela viu que o sol estava radiante. Apelei de novo para o santo Google, metrô 1, metrô 2, BTR, caminhada de 4 km e pá, 4 horas depois, QUATRO HORAS DEPOIS, chegamos na Prainha. O lugar é lindo e extremamente bem frequentado. Valeu todo esforço desprendido na empreitada. Obrigado Su pela insistência e pela paciência de aguentar meu habitual mau humor, o lugar é sinistro ae (tô virando carioca, ninguém merece).



Cervejinha, gopro filmando os caixotes marotos, pastelzinho de camarão e mais 3 horas de volta. De onde eu ganhei 1 hora? Uber, parceiro. Depois metrô 2, metrô 1, Hambúrguer no Hell's Burger, bandaid na ferida aberta na caminhada de chinelo, fui dormir. Cervejinha? Tá aqui na cabeceira enquanto escrevo no meu querido diário. Fui!